terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Academia Brasileira de Letras

"Servirá este livro para a transcripção das atas da Academia Brasileira de Letras ilegível por mim autorizados.Ata da sessão de 15 de dezembro de 1896  "


No fim do século XIX, Afonso Celso Júnior, ainda no Império, e Medeiros e Albuquerque, já na República, manifestaram votos por uma academia nacional, como a Academia Francesa.

Lúcio de Mendonça teve, então, a iniciativa de uma Academia de Letras, sob a égide do Estado, que se escusaria, à última hora, a tal aventura de letrados. Foi fundada então, independentemente, a Academia Brasileira de Letras.


As primeiras notícias saíram a 10 de novembro de 1896, na Gazeta de Notícias, e, no dia imediato, no Jornal do Commercio. As sessões preparatórias iam começar: na primeira, a 15 de dezembro, às três da tarde, na sala de redação da Revista Brasileira.

Academia Brasileira de Letras é uma instituição fundada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897. Composta por 40 membros efetivos e perpétuos e 20 sócios estrangeiros, ela tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional



.

A iniciativa foi tomada por Lúcio de Mendonça, concretizada em reuniões preparatórias que se iniciaram em 15 de dezembro de 1896, sob a presidência de Machado de Assis (eleito por aclamação), na redação da Revista Brasileira.




Nessas reuniões foram aprovados os Estatutos da Academia Brasileira de Letras, a 28 de janeiro de 1897, compondo-se o seu quadro de 40 membros fundadores.

A 20 de julho desse ano era realizada a Sessão Inaugural, nas instalações do Pedagogium, prédio fronteiro ao Passeio Público, no centro do Rio.Wikipédia

QUE ME PERDOEM OS OUTROS MEMBROS DA ACADEMIA DE LETRAS HOJE PRESTO  A MINHA HOMENAGEM AO SAUDOSO E QUERIDO CASTELINHO

Carlos Castelo Branco na Academia Brasileira
Leio em "Os dias esquecidos" de Ascendino Leite que num dia quentíssimo do Rio de Janeiro

- fazia 43 graus, disse Ascendino - Carlos Castelo Branco foi eleito para a ABL.
Era o dia 4 de novembro de 1983.
Carlos Castelo Branco teve 21 votos, Mário Quintana
derrotado 17 votos.


Quintana concorreu três vezes, sempre derrotado.
Carlos Castelo Branco sucedeu a R. Magalhães Júnior.
Entrevistado, Quintana disse:



- Não fui eleito, mas estou em boa companhia, como a de Monteiro Lobato, que tentou duas
vezes.


Ascendino, sempre ácido, chamou o poeta Quintana de "desmunhecado", o que não sei o que
quis dizer. E "meio amargo".


Ascendino lembra que a Academia recusou Jorge de Lima 3 ou 4 vezes. "Vergonha irreparável",
diz.


Acontece que Jorge de Lima era meio "louco". Louco de genialidade. Contam que ela entrava em delírio, subia na mesa. Dizem que seu psiquiatra foi quem o aconselhou a escrever "Invenção de Orfeu", como terapia. Aquele psiquiatra merecia uma homenagem nacional.
Carlos Castelo Branco declarou que tinha sido eleito por seu jornalismo.


- "Minha obra literária é escassa e remota".
Mas Carlos Castelo Branco era um extraordinário escritor.
 ROGEL SAMUEL

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