sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Coluna da Rê:O que se passa


Em setembro de 2009 tinha-se a impressão de que as grandes empresas americanas estavam sendo massacradas. Dentre as dez maiores empresas, em termos de valor de mercado, apenas três eram americanas – Exxon Mobil, Microsoft 
e Walmart.
A lista era dominada por gigantes estatais como PetroChina, China Mobile e ICBC, um banco chinês. 
A Petrobras acabara de se instalar na nona posição. Tudo se encaixava perfeitamente em uma narrativa. Os EUA estavam em decadência após a crise dos empréstimos subprime. A empresa privada estava sendo superada pelo capitalismo de estado. Haveria uma mudança de poder inexorável nos países emergentes.


Aquele ano acabou se revelando o pior momento para as empresas americanas; desde então a recuperação delas tem sido extraordinária. Hoje em dia nove das dez empresas mais valiosas do mundo são americanas.
 O país não ocupava um lugar de tanta hegemonia há uma década. Dentre as 50 empresas mais valiosas do mundo a proporção das americanas é muito menor, mas ainda assim é superior a 50% e começou a aumentar recentemente. Com sua economia revigorada, também graças ao gás de xisto barato, e seu mercado de ações em um bom momento, o otimismo está no ar. As grandes feras estão agitadas.
  Embora as conquistas das empresas americanas se deva, em parte, à volubilidade dos investidores – o dólar e o mercado acionário subiram fortemente neste ano – também há três forças mais profundas em ação.
O primeiro é a mistura de dinamismo e resiliência dos EUA. Parece haver mais agitação entre as maiores empresas americanas que no resto do mundo todo. A segunda força estrutural por trás disso é o mau desempenho europeu.
 A Suíça e a Grã-Bretanha ainda contam com uma parcela desproporcional de empresas dentre as 50 maiores, incluindo 
foto regina bittencourt
Nestlé, Roche, HSBC e BP. Mas o resto do continente é representado por apenas quatro na lista das 50 maiores empresas. A terceira força em ação é a ascensão e queda de empresas estatais, particularmente das chinesas.
 A soma dos valores mais altos já atingidos por cada uma das dez maiores estatais é igual a US$ 3,7 trilhões. Este valor caiu hoje em dia para US$ 1,5 trilhão.
Fontes: The Economist - Back on/imagens pesquisa internet

Nenhum comentário: